quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Em águas calmas, uma leve brisa me faz querer voar


Na calma e na tranqüilidade, cá estamos, eu e Débora, no aguardo de nosso amado filho...

Não sei como as pessoas conseguem ficar tão ansiosas nestes momentos tão ímpares;

Sentir o novo ser se desenvolver na mais pura naturalidade, nos inspira profundamente.

Não, não é necessária nenhuma especialização para aprender a conceber um novo ser humano...

É naturalmente que as coisas acontecem e  assim, me fazem até lembrar de nossas florestas que, se deixadas em paz, produziriam mil vezes mais do que com a nossa intervenção...

Então, deixemos ambas trabalharem a sós...

Mas alguns me perguntam:

“Como podes virar as costas para os avanços da medicina? Como negar que a mortalidade infantil nunca esteve tão baixa?”

Rápido e direto,”sem resenhas” como diria minha mãe...

De que avanços estás a falar? Podem entender do corpo, mas entendem da alma?

Débora, ao nascer no hospital, ganhou de presente um lindo vírus chamado Rubéola. Agora imaginem um vírus como este em plena maternidade, pois é lá que mãe e filhos estarão.

Eu, com 1 ano de idade, sofri de forte anemia. A causa? Hoje a OMS recomenda aos médicos e enfermeiras para que estes não cortem mais o cordão umbilical na saída do recém nascido, pois esta antecipação poderá causar anemia até 1 ano de idade. Coincidência? Bem, no meu tempo as recomendações eram outras...

Além disso, será que nossas crianças estão mais felizes?

Nunca tivemos uma geração mais hiperativa do que esta e, nunca também tivemos um índice maior de partos por cesarianas. Coincidências? Não será esta falta de paciência um reflexo da falta da mesma que os pais e médicos tiveram ao retirá-la do ventre de sua mãe?  

Marta, minha vizinha, disse-me que é a favor da cesariana, por acreditar que esta não causa tantas dores, porém, em seguida , contou-me da sua tristeza ao saber que precisaria pagar um salário mínimo para poder ter o marido ao seu lado na hora do parto. Pois então, o que diz a vossa razão? Naquele momento, não importava a medicina se sua dor psicológica seria sanada ou não, mas, pagando bem, que mal tem?

Não, não é este o Planeta em que vivo, por isso, Aurora nascerá em nossa casa, dentro da água e sem qualquer intervenção desnecessária...

Se tiverem interesse neste assunto, poderemos marcar um chá e assim teremos o prazer de compartilhar as nossas visões sobre este belo Planeta Azul...

Fiquemos em paz

Nenhum comentário:

Postar um comentário